Ex-diretor da Petrobras devolveu R$ 100 milhões fruto da corrupção e mesmo assim a corte suprema está anulando todo o processo (por Renato Igor/NSC)

O Supremo Tribunal Federal (STF), maior aliado do presidente Lula, dá um péssimo sinal no combate à corrupção. Os brasileiros chegaram a ter um fio de esperança, na época da Lava Jato, de que os bandidos do colarinho branco — da elite financeira, empresarial e política do país — finalmente pagariam pelos crimes cometidos.

Os crimes ocorreram. Bilhões de reais foram desviados, houve confissões, e até quantias roubadas e depositadas no exterior foram devolvidas em acordos de delação e leniência. Embora tenham existido excessos e o chamado “conluio” entre o MPF, sob a liderança do então procurador Deltan Dallagnol, e o ex-juiz Sergio Moro, os delitos foram reais e comprovados.

Com a vitória de Lula, veio o esperado: a vingança e o objetivo deliberado de reescrever a história. Os criminosos viraram vítimas, e o país passou a assistir a uma onda de anulações de condenações.

Talvez o caso mais emblemático — e revoltante — tenha ocorrido na última semana. A frase famosa de que “a política é como as nuvens: você olha e ela está de um jeito; olha de novo e ela já mudou” parece feita sob medida para o ministro Dias Toffoli.

Toffoli mudou de opinião e agora defende a anulação de todo o processo contra o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque — que cumpre pena na prisão desde agosto de 2024.

O ministro agora reconhece o “conluio” do ex-juiz Sergio Moro com integrantes do Ministério Público Federal na condução dos processos e na colheita de provas contra Duque.
Os fatos não mudaram. O que mudou foi a opinião de Toffoli.

Duque foi condenado a 39 anos, 2 meses e 20 dias de prisão, em regime fechado. São quatro condenações já transitadas em julgado — ou seja, sem possibilidade de recurso — por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Ele confessou os crimes e aceitou devolver R$ 100 milhões mantidos em contas no exterior.
É isso mesmo: o STF está mandando para casa alguém que admitiu o crime e devolveu impressionantes R$ 100 milhões obtidos com corrupção.
O Brasil voltou

Fonte: NSC / Renato Igor
Foto: divulgação
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O depoimento é realizado em uma sala preparada, com o acompanhamento de profissionais especializados

Foi marcado para a tarde desta quarta-feira (5), no Fórum de Lages, o depoimento de um menino de 13 anos, que teria sido vítima de abuso sexual por um padre da cidade. A oitiva, agendada para as 15h, será conduzida sob o regime de Depoimento Especial, um procedimento humanizado e obrigatório em casos que envolvem crianças e adolescentes.

O depoimento especial é realizado em uma sala preparada, com o acompanhamento de profissionais especializados. O método visa proteger o menor de qualquer revitimização e, ao mesmo tempo, garantir a qualidade da prova para o processo judicial.

Situação do inquérito

O advogado de defesa do padre, Gabriel Antunes, enviou uma nota informando que o processo tramita sob segredo de justiça, o que o impede legalmente de divulgar detalhes ou documentos. A defesa afirmou que todas as medidas jurídicas necessárias foram adotadas, e que o inquérito segue tramitando normalmente no Poder Judiciário.

O advogado destacou ainda que o padre está colaborando com as autoridades e está confiante no esclarecimento dos fatos.

Repercussão e envolvimento em outro caso

O caso ganhou grande repercussão na Serra Catarinense após a família do menino realizar a denúncia à polícia em junho deste ano.

Além do processo em Lages, o mesmo religioso também é réu em outro processo na cidade de Urubici. O Ministério Público pediu a condenação do padre por importunação sexual contra um menor de idade em um caso que teria ocorrido em novembro de 2022. Este processo está em fase final, aguardando a decisão da Justiça.

As comunidades de Lages e Urubici, juntamente com as famílias das vítimas, acompanham o desfecho desses processos com expectativa. O padre já foi afastado da igreja, conforme confirmado por outro padre da paróquia que ligou para a família.

O impacto psicológico em no adolescente é profundo. A mãe descreve que ele está “bem abalado psicologicamente”, chora de dor, tem medo de tudo e vergonha de ir à escola.

Imagens meramente ilustrativas

Fonte: Rádio Clube de Lages
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